A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) negou neste sábado, 5, que vá disputar cargo político nas eleições de outubro. Ela foi às redes sociais rebater rumores sobre sua relação com Luiz Inácio Lula da Silva, que vinha mostrando sinais de desgaste, e sobre sua situação na legenda. A petista disse não se sentir isolada na sigla e classificou seu convívio com o ex-presidente como “inabalável”.
“Não me sinto isolada pelo Partido dos Trabalhadores. Não adianta quererem fazer intriga entre mim e o presidente Lula. Nossa relação de confiança já foi testada inúmeras vezes e é inabalável”, publicou Dilma.
Em entrevistas recentes, porém, Lula vem direcionando críticas veladas à sua sucessora no Planalto. Em 26 de janeiro, o líder petista afirmou que ela peca ao não ter “jogo de cintura” e “a paciência que a política exige”, sinalizando que não deve trazê-la para algum cargo no governo caso seja eleito.
“Na minha opinião, a companheira Dilma erra na política. Ela não tem a paciência que a política exige que a gente tenha para conversar e atender as pessoas mesmo quando você não gosta que a pessoa está falando”, disse o ex-presidente à rádio CBN.
O papel de Dilma na campanha petista passou a ser questionado sobretudo depois da ausência da petista no jantar que reuniu Lula e Geraldo Alckmin, realizado em dezembro de 2021.
À época, o ocorrido gerou especulações de que o PT estaria tentando "esconder" a ex-presidente para evitar desgastes à campanha presidencial deste ano. Ela foi alvo de impeachment em 2016 e a condução da política econômica em seu governo também é contestada.
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